Sorrindo por fora, desmoronando por dentro: A armadilha da Depressão Funcional

Quando pensamos em depressão, a imagem clássica que vem à mente é de alguém que não consegue sair da cama, que chora o dia todo e não toma banho. Certamente, esse é um quadro grave de depressão. Mas existe uma outra face da doença, silenciosa, perigosa e muito comum em profissionais de alta performance: a Depressão de Alto Funcionamento (ou Depressão Funcional).

Neste quadro, a pessoa continua indo trabalhar todos os dias. Ela cuida dos filhos, mantém a casa limpa, sorri nas fotos do Instagram e cumpre suas obrigações sociais. Para quem olha de fora, a vida dela parece perfeita ou, no mínimo, normal. “Ela não pode estar deprimida, ela acabou de ser promovida!”, dizem os amigos.

Mas, por dentro, a realidade é cinza. A Depressão Funcional é vivida como um esforço Hercúleo para fazer o básico. Cada tarefa consome o triplo da energia necessária. Você acorda já se sentindo cansado. O prazer pelas coisas que você amava sumiu — um sintoma chamado anedonia. Você se sente um impostor na própria vida, vivendo no piloto automático, com uma sensação persistente de vazio, tristeza ou irritabilidade que você tenta esconder a todo custo.

O grande perigo aqui é a demora em buscar ajuda. Como você continua sendo “produtivo”, você diz a si mesmo que é apenas cansaço, estresse ou uma fase ruim. Você espera “quebrar” para admitir que precisa de tratamento.

Mas depressão não é sobre o que você consegue fazer, é sobre como seu cérebro está quimicamente funcionando e como você se sente enquanto faz. O sofrimento não precisa ser validado pela improdutividade total. Se viver tem sido um fardo pesado, mesmo que ninguém perceba, é hora de buscar ajuda médica. Você não precisa carregar esse peso sorrindo.

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